Estou ainda no começo do livro! Mas, já tive vontade de recomendá-lo! O livro "Monetary and Fiscal Polity in an Integrated Europe", reune capítulos escritos por diversos autores como Carl Walsh, Nouriel Roubini, Maurice Obstfeld, e outros. O livro foi organizado por Barry Eichengreen, J. Frieden e J.von Hagen.
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Bolsas de Estudo em Universidades Européias
The BABEL project (with financial support granted by
the European Commission through the Erasmus Mundus Programme) grants
scholarships to Latin American students and staff members to undertake a
mobility period, or full degree, in some of the best universities in
Europe. Scholarships are available for undergraduate, master, doctorate
students, post-doctorates and staff members (academic and
administrative) and include a monthly allowance, travel, insurance and
tuition fees.
http://babel.up.pt/
http://babel.up.pt/
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Por que uma moeda única?
De quando em vez eu me deparo com uma notícia
especulando sobre a possibilidade de saída da Grécia, Portugal, Irlanda ou
mesmo da Alemanha da Zona do Euro. Quando então me pego pensando qual a
possibilidade real de um país pedir para sair da União Europeia. Isso mesmo,
sair da Zona do Euro implica sair da União Europeia. Claro que é possível permanecer
na União Europeia sem adotar a moeda comum. Mas, então, porque o grupo de dezessete
países optou por abrir mão da soberania nacional em escolher sua taxa de câmbio
e fazer política monetária?
Uma longa história de desvalorizações competitivas
e unilaterais mostrou que o aumento das exportações líquidas era temporário e substituído
pela deterioração da balança comercial dos demais países vizinhos ensejando
retaliações e novas desvalorizações. Processos inflacionários também resultaram
das desvalorizações.
A ausência de coordenação de política econômica,
característica do pós-guerra, produziu resultados indesejados e em 1944
criava-se o Sistema de Bretton Woods, que cristalizava os esforços de um
conjunto de 44 nações em evitar o sistema de desvalorização competitiva.
Na década de 60, o receio de que os Estados Unidos
desvalorizassem o dólar, provocaram um forte fluxo de capitais para a Alemanha,
apreciando fortemente o marco alemão e prejudicando as exportações deste país.
Simultaneamente, um fluxo negativo de capital pressionava a França a
desvalorizar sua moeda. De Gaulle impos controles cambiais para evitar a
desvalorização, enquanto a Alemanha decidia manter a paridade marco-dólar. Mas,
as entradas de capitais implicavam em expansão monetária e pressões
inflacionárias na Alemanha.
Uma Comissão foi criada para estudar a
possibilidade de unificação monetária como forma de evitar os problemas
inerentes à coordenação das políticas monetárias nacionais. Segundo Eichengreen[i],
" o relatório do Comitê Werner, publicado em outubro de 1970,
concluiu que o travamento irrevogável da taxa de câmbio era essencial para a
preservação do Mercado Comum e para a proteção da Europa contra impulsos de
desestabilização cambial oriundos dos Estados Unidos, propondo, para tanto, um
sistema de bancos centrais em âmbito europeu, semelhante ao Federal Reserve
System e enfatizando a necessidade de se coordenarem os orçamentos nacionais
dos países participantes da União monetária".
Mas, em março de 1973 "já não havia dúvida de
que os Estados Unidos estavam a ponto de abandonar todas as pretensões de
estabilizar o dólar" (Eichengreen, p.77) e, em agosto de 1973 o governo
americano anunciou a suspensão da conversão de dólares em ouro seguido de uma
desvalorização de aproximadamente 7,9%. Um acordo levou a Alemanha a ampliar a
desvalorização do dólar em mais de 7,9% para evitar que países com economias
mais frágeis pudessem valorizar menos suas moedas. Antes que isso ocorresse, a
defesa da paridade acordada em Bretton Woods levou a Alemanha e os Países
Baixos a comprar enormes quantidades de dólar. Estava claro que as variações
acordadas em Bretton Woods eram insuficientes e bandas mais amplas foram
negociadas: em lugar de 1%, agora era possível uma oscilação de 2,25% da taxa
de cambio. Mas, a ampliação da oscilação em torno do dólar criava problemas no
interior da Europa uma vez que ampliava as oscilações monetárias entre os
países do Mercado Comum Europeu e comprometia a Política Agrícola Comum. Como
resultado, "os países do bloco concordaram em manter suas taxas de cambio
bilaterais em faixas mais estreitas" o que ampliava a cooperação monetária
entre os países do bloco.
Mas, as tensões monetárias entre os países do bloco
não diminuíram e, em 1978, um Comitê propunha retomar um novo conjunto de bandas cambiais
definidas em relação a uma cesta de moedas. Criava-se o Sistema Monetário Europeu e uma
sequencia de alinhamentos cambiais se arrastou pela década de 80 como resultado
do esforço de consolidação do Mercado Comum.
Para melhor compreender a necessidade de
Coordenação das ações dos Bancos Centrais para alinhar taxas de Cambio, a
necessidade de ajustar a política fiscal de forma a garantir flexibilidade
monetária e a relação entre a política fiscal, monetária, cambial e a
integração econômica dos países do bloco europeu, recomendo ler o livro de
Eichengreen referenciado neste texto.
Voltemos à pergunta inicial: porque o grupo de dezessete
países optou por abrir mão da soberania nacional em escolher sua taxa de câmbio
e fazer política monetária? O pós-guerra exigiu cooperação para a construção
da paz e esforços locais para a promoção do crescimento econômico e geração de
empregos Para unificar seus mercados e formar um bloco econômico foi necessário
eliminar barreiras entre as diferentes economias. A união tarifária impôs limites à política
fiscal. Os limites à política fiscal definiram limites à política monetária e
esta estabeleceu limites à política cambial. A unificação pela paz implicava em
sacrifícios em termos de interesses locais e de soberania nacional. Um delicado
equilíbrio foi tecido ao longo de décadas.
A reunificação econômica e monetária da Alemanha
reacendeu o temor pela paz e alimentou o esforço de unificação criando a moeda
única.
O Euro e o Banco Central Europeu coroam o esforço
de cooperação e seus contornos foram forjados pela história. É esta história
que também explica por que Grécia, Portugal e Espanha, entre outros, abriram
mão de sua soberania em escolher sua taxa de cambio (cuja escolha já não era
tão soberana). É esta história que me faz pensar que imaginar que a Grécia
solicite sua saída do bloco é, no mínimo, simplista.
[i]EICHENGREEN, Barry. PRIVILÉGIO
EXORBITANTE: A ASCENSÃO E A QUEDA DO DOLAR E O FUTURO DO
SISTEMA MONETÁRIO INTERNACIONAL. Rio De Janeiro: Campus, 2012.
sábado, 29 de setembro de 2012
Alemanha sai da Zona do Euro?
Ontem, 28 de setembro de 2012, o jornal Valor Econômico repercutiu uma
matéria de Martin Wolf com o título "Saída é uma opção para a
Alemanha".
Na opinião do autor, a Alemanha possui fortes incentivos para optar por sair da zona do Euro. Segundo o autor, a Alemanha acumulou um volume líquido de créditos a receber com o resto do mundo porque tem grandes superávits em conta corrente. Não vê o autor que a criação da moeda comum foi para a Alemanha um recurso que evitou a forte apreciação do marco que, por sua vez, inibia a competitividade dos produtos alemães. Para o autor, a "depreciação" obtida com a utilização da moeda compartilhada pode explicar o porquê a produtividade por hora trabalhada cresceu mais lentamente na Alemanha do que no Reino Unido ou nos Estados Unidos entre 1999 e 2011. A pensar....
O certo é que pesa na balança Alemã o horizonte que se traduz em longa recessão com pressões deflacionárias e a estimada independência do Bundesbank! Mas, esquece-se Martin Wolf que para sair da Zona do Euro, a Alemanha deve solicitar sua exclusão da Comunidade Europeia. Assim, esta deixaria de se beneficiar do conjunto de regras que tornam comuns as tarifas externas e isenta de tarifas as trocas entre os países membro. Além disso, a história mostra que uma Alemanha forte é temida por seus vizinhos fronteiriços e que os pactos econômicos que hoje alicerçam a Comunidade Europeia e a Zona do Euro foi erguida com a finalidade de conter a Alemanha e garantir a paz.
Desta forma, entendo que não há uma opção de saída viável política, econômica da Zona do Euro para a Alemanha!
Na opinião do autor, a Alemanha possui fortes incentivos para optar por sair da zona do Euro. Segundo o autor, a Alemanha acumulou um volume líquido de créditos a receber com o resto do mundo porque tem grandes superávits em conta corrente. Não vê o autor que a criação da moeda comum foi para a Alemanha um recurso que evitou a forte apreciação do marco que, por sua vez, inibia a competitividade dos produtos alemães. Para o autor, a "depreciação" obtida com a utilização da moeda compartilhada pode explicar o porquê a produtividade por hora trabalhada cresceu mais lentamente na Alemanha do que no Reino Unido ou nos Estados Unidos entre 1999 e 2011. A pensar....
O certo é que pesa na balança Alemã o horizonte que se traduz em longa recessão com pressões deflacionárias e a estimada independência do Bundesbank! Mas, esquece-se Martin Wolf que para sair da Zona do Euro, a Alemanha deve solicitar sua exclusão da Comunidade Europeia. Assim, esta deixaria de se beneficiar do conjunto de regras que tornam comuns as tarifas externas e isenta de tarifas as trocas entre os países membro. Além disso, a história mostra que uma Alemanha forte é temida por seus vizinhos fronteiriços e que os pactos econômicos que hoje alicerçam a Comunidade Europeia e a Zona do Euro foi erguida com a finalidade de conter a Alemanha e garantir a paz.
Desta forma, entendo que não há uma opção de saída viável política, econômica da Zona do Euro para a Alemanha!
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Entre Gregos e Europeus...
Há muito se cogita uma eventual saída da Grécia da Zona do Euro. Em princípio, vimos os esforços das autoridades e instituições da União Europeia em buscar soluções para o problema apresentado. Aos poucos se tornava claro que os esforços pretendiam ganhar tempo para "descontaminar" o sistema bancário e eliminar mecanismos de contágio que pudessem ser reconhecidos e desconstruídos. O peso imposto à população Grega esgarçou seu tecido político fazendo aparecer fragilidades, novos partidos e novas lideranças.
Mas, não apenas a Grécia viu seu tecido político alterado. Foram várias as lideranças que pagaram com seus cargos pelo peso do ajuste e mais recentemente vimos alterar a parceria Merkel - Sarkozy na condução dos rumos políticos e de política econômica na União Europeia. Enquanto cidadãos respiravam aliviados, o mercado reagiu com força, derrubando bolsas e através de fuga de capitais.
Ao longo de todo este tempo, dei entrevistas afirmando que a Grécia não sairia da Zona do Euro. Sua saída representa uma auto exclusão da União Europeia a pedido da Grécia. Contabilizei entre as perdas as futuras dificuldades nas parcerias comerciais dentro e fora do bloco. Atualmente 79,1% das exportações da Grécia se destinam à Europa (fonte: Euromonitor). As tarifas comuns representam para a Grécia um enorme mercado para os seus produtos. Alem disso, contaram para efeito de meu exercício futurista a manutenção de uma dívida em Euros e o acesso a financiamentos da União Europeia. Acreditei que as notícias de uma possível saída da Grécia se relacionavam mais fortemente com oportunidades especulativas do que com o fato em si.
Na visita que realizamos no início do ano à Europa, ouvimos depoimentos que reforçaram minha crença na manutenção da Grécia na Zona do Euro. Em que pese declarações contundentes sobre o ônus do pagamento do elevado endividamento Grego, grande parte das declarações afirmava a esperança de um calote grego sem a saída da Grécia da comunidade europeia.
Contudo, o vácuo político decorrente das impopulares medidas de ajuste mostrou que mesmo corretas medidas de ajuste econômico enfrentam limites políticos. Diante da impossibilidade de construção de um consenso e um governo de coalizão, novas eleições são esperadas para junho deste ano. Mais do que isso, as eleições convocadas estão sendo percebidas como um referendum à saída ou permanência da Grécia. Assim, como nem sempre a racionalidade econômica determina os rumos e as escolhas sociais e políticas, penso que posso estar deixando escapar elementos importantes na definição do rumo da Grécia. Parece-me claro que há um profundo descontentamento em relação às medidas impostas e muita mágoa e ressentimento associados a estas. No entanto, o retorno à antiga moeda - o dracma- evoca memórias de inflação que a grande maioria dos Gregos rejeita. Há, portanto, uma dor transformadora na sociedade grega que pode levá-los a solicitar sua exclusão da Zona do Euro se os Gregos apostarem que uma solicitação ao Conselho Europeu restauraria sua participação na União Europeia e a manutenção dos acordos comerciais.
Vejo hoje, portanto, uma pequena, diminuta possibilidade de saída da Grécia da Zona do Euro.
sexta-feira, 20 de abril de 2012
PUC-SP - International Business & Economics 2013
Study Abroad Program - de 6 a 23 de Janeiro 2013 (18 dias)
4 países: Alemanha, Bélgica, França e Luxemburgo
Mini-Curso em Estrasburgo (10 aulas)
16 visitas com apresentações
2 palestras
Idiomas das palestras e visitas: INGLÊS e PORTUGUÊS
ITINERÁRIO*
* sujeito a alterações
Sábado
Domingo
2a feira
3a feira
4a feira
5a feira
6a feira
6
Jan
São Paulo/
Frankfurt
7
Jan
Estrasburgo
8
Jan
Estrasburgo
9 Jan
Estrasburgo
10
Jan
Estrasburgo
11
Jan
Estrasburgo
12
Jan
Estrasburgo
13
Jan
Estrasburgo/ Frankfurt
14 Jan
Frankfurt
15
Jan
Frankfurt
16
Jan
Frankfurt /
Luxemburgo
17
Jan
Luxemburgo/ Bruxelas
18
Jan
Bruxelas
19
Jan
Bruxelas/ Paris
20
Jan
Paris
21
Jan
Paris
22
Jan
Paris
23
Jan
Paris/
São Paulo
· Mínimo de 15 participantes
· Máximo de 25 participantes
Estão inclusos no valor do programa
- 10 aulas de mini-curso
- 16 visitas a empresas, instituições governamentais e ONGs*
- 2 palestras em universidades
- 16 noites de acomodação em hotel categoria turística em apto duplos/triplos com café da manhã
- 3 jantares, como citados no programa
- Atividades turísticas, como citadas no programa
- Acompanhamento de um professor da PUC-SP
- Coordenador Acadêmico(CEPA) acompanhando o grupo
- Traslado de/para o aeroporto para o grupo**
- Certificado CEPA/PUC-SP
- Seguro viagem
- Uso dos computadores no Château de Pourtalès
- Uso das salas de aulas do Château de Pourtalès para palestras
- Camisetas ou cachecol para o grupo
* Visitas e palestras estão sujeitas à alteração, podendo ser substituídas por outras de qualidade equivalente
** O traslado terrestre (aeroporto / acomodação / aeroporto) é oferecido para o grupo com chegada e saída na mesma data e horário, e não individualmente.
Valor do programa
Sábado
Domingo
2a feira
3a feira
4a feira
5a feira
6a feira
6
Jan
São Paulo/
Frankfurt
7
Jan
Estrasburgo
8
Jan
Estrasburgo
9 Jan
Estrasburgo
10
Jan
Estrasburgo
11
Jan
Estrasburgo
12
Jan
Estrasburgo
13
Jan
Estrasburgo/ Frankfurt
14 Jan
Frankfurt
15
Jan
Frankfurt
16
Jan
Frankfurt /
Luxemburgo
17
Jan
Luxemburgo/ Bruxelas
18
Jan
Bruxelas
19
Jan
Bruxelas/ Paris
20
Jan
Paris
21
Jan
Paris
22
Jan
Paris
23
Jan
Paris/
São Paulo
· Mínimo de 15 participantes
· Máximo de 25 participantes
€ 3.120 por pessoa (número mínimo de 15 participantes)
Formas de pagamento
Taxa de inscrição de € 450,00 - dedutível do valor do programa
Saldo final: em até 8 parcelas (para inscrições efetuadas até maio) sem juros, sendo a última até dia 06 de dezembro de 2011.
Importante
O valor do programa foi calculado em euros. Todos os pagamentos serão baseados no valor em euros e convertidos no valor do câmbio turismo do dia.
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