domingo, 24 de abril de 2011

Quando o remédio que cura pode matar

Semana passada o jornalista José Paulo Kupfer terminava uma matéria com a frase : "A mensagem é clara e socrática: tudo o que sabemos da economia internacional hoje é que nada sabemos". Hoje, Gavin Davies do Financial Times alerta para os perigos de um otimismo excessivo. (Leia a matéria na integra através do link: http://blogs.ft.com/gavyndavies/2011/04/13/the-perils-of-excessive-economic-optimism/).
Compartilho com a percepção de incerteza no ar de Kupfer e creio ser prudente não exagerar no otimismo.
A desorganização monetária causou e causa impactos diferenciados ao longo do mundo: elevações de preços (com consequentes revoltas, greves e manifestações públicas), desequilíbrios orçamentários, crescimento de dívidas, bolhas especulativas, etc.
Na Europa, colore as diferenças. Grécia e Portugal lidam com a dificuldade em administrar suas economias e dívidas. Alemanha e França se preocupam com o crescente custo de vida. Itália e Espanha temem um efeito contágio vindo de Portugal e Grécia.
As fórmulas que conhecemos para evitar crises, política fiscal e monetária expansionistas, parecem ser a causa das mesmas. É o princípio das vacinas antipeçonhentas (esse nome soa engraçado aqui...). O veneno, em pequenas doses, se transforma em antídoto e é usado para salvar vidas. Já em grandes doses.....

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